• Orientações para a celebração das Santas Missas

Orientações para a celebração das Santas Missas

Wednesday, June 3, 2020

O isolamento social, por conta da pandemia do coronavírus, fez com que em muitos lugares se redescobrissem e se valorizassem formas familiares e pessoais de oração e de liturgia doméstica. Em nossos lares pôde reluzir a beleza da espiritualidade vivida e celebrada em família. Nada, porém, substitui a vida sacramental e litúrgica das comunidades, fonte e ápice da Igreja. Contudo, é preciso agir com prudência, adequado planejamento, empenho, coragem e esperança. Também a Igreja, em sintonia com as autoridades sanitárias, tem a grave responsabilidade de prevenir o contágio da Covid-19.

 

Sereno realismo e advertência:

1. A pandemia não é invenção: é realidade grave que os fatos comprovam.

2. O vírus circula e vai se espalhando de forma preocupante por toda parte.

3. Seu contágio pode ser assintomático na maioria das pessoas, mas em muitas outras, causa sofrimento, morte e dor.

4. A vida, nosso maior bem, precisa ser protegida.

5. Quem se protege, protege os outros. Deus nos pede isso.

6. Ainda não há vacina nem medicação eficaz. Não se sabe quando a teremos.

7. A única maneira de nos defendermos do vírus e evitarmos a COVID-19 é o uso de medidas protetivas: o isolamento, o distanciamento, a máscara, a higienização.

8. Em nossa região, há um controle buscado desde o início, e conquistado por meio de medidas sanitárias e de isolamento.

9. Essa conquista gera um certo conforto, o que é ótimo, mas pode trazer a ilusão de que o mal já foi superado.

10. O controle conquistado precisa ser mantido. Relaxar nos cuidados pode colocar tudo a perder.

11. Um novo surto, que não se pode descartar, poderia sobrecarregar o sistema de saúde, impor um pesado fardo a quem trabalha em nossos hospitais, seus familiares e autoridades municipais.

12. A situação que estamos experimentando não permite retorno à normalidade de antes. Requer que nos adequemos criativamente a ela, sem arrefecer a proteção, buscando um “novo normal”.

13. Continuaremos nos esforçando por aperfeiçoar os meios, as iniciativas e as práticas que até agora se mostraram positivas.

14. Exortamos a todos para que se dediquem a vivenciar a “Igreja Doméstica” (pela oração em família, leitura e reflexão da Palavra de Deus, acompanhando as Celebrações pelos meios de comunicação, cultivando a harmonia familiar, atentos e prontos a atender a quem estiver em situação de necessidade). 
- Semanalmente estão sendo colocadas duas celebrações no portal da Diocese: 1. Celebrar em Família (CNBB) e 2. Celebrar em Casa (Grupo Celebra – GO). Estes itens podem ser acessadas e baixadas no seguinte endereço: www.diocesetb.org.br – clicar na tarja “Celebrar o Domingo em Família”.
- Para o Tempo Comum, a partir de junho, será disponibilizado também semanalmente e no portal da Diocese, um texto próprio para Encontros em Família (clicar na tarja “Oração em Família”).
- É desejável que essas práticas ajudem a criar um ambiente favorável à catequese em família.

15. A partir de Corpus Christi, quem se sentir em condições de saúde e com disposição de usar das necessárias medidas de proteção, poderá participar das Celebrações na igreja.
- A participação de fiéis estará limitada a um número não superior a 30% da capacidade do local da celebração, de tal forma que seja possível a indispensável proteção de todos.
- Oportunamente, considerando a evolução da pandemia, as presentes orientações poderão ser revistas.

16. Quem for do grupo de risco priorize o isolamento social.

Seja a circunstância qual for, deverão ser respeitadas as medidas de proteção que visam o cuidado, a defesa e a preservação da vida, conforme segue:

 

1. Preparação do povo e dos espaços litúrgicos para as Celebrações das Missas

a) A permissão de ampliar o número de pessoas que podem participar da Santa Missa, deve ser informada aos fiéis com muita clareza e cuidado, para não passar a falsa impressão de que o risco de contaminação com o coronavírus já passou e que tudo está liberado.
- A partir do dia 11 de junho, Festa de Corpus Christi, a participação da Santa Missa será permitida a um número maior de pessoas, inicialmente na igreja matriz, respeitada a exigência de não se ocupar além de 30% do espaçocelebrativo.

b) O Pároco com a Coordenação do Conselho Paroquial de Pastoral deverá decidir sobre qual o melhor momento para voltar com as celebrações nas Capelas.

c) Convidar os fiéis que se encontram doentes ou que pertencem a grupos de risco a ficarem em casa.

d) Encorajar os fiéis doentes a solicitar a comunhão em casa mediante visita dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.
Observação: O Pároco verá quais Ministros poderão prestar este serviço, observando todas as regras de higienização e cuidado.

e) Providenciar espaço adequado:
- Onde a igreja for muito pequena para o distanciamento entre as pessoas, havendo um salão maior, veja-se a possibilidade de adaptá-lo para as celebrações. 
- Veja-se a conveniência de programar Missas a serem celebradas com grupos específicos para evitar um fluxo de fiéis acima do estabelecido.
- Outra alternativa seria celebrar mais Missas, para não ter que se recorrer a outros expedientes de controle.

f) Demarcar os lugares nas igrejas onde os fiéis poderão ficar durante as celebrações, assegurando o distanciamento de pelo menos 1 metro e meio entre as pessoas.

g) Afixar, em lugares visíveis, cartazes orientando quanto às regras de higiene e de distanciamento.

h) Organizar, em cada comunidade, equipes de acolhida que auxiliem os fiéis no cumprimento das normas de proteção.

i) Definir, onde possível, as portas de entrada e portas de saída em cada igreja, e afixar indicadores de percursos de sentido único, de modo a evitar que as pessoas se cruzem.

j) Orientar que nos horários previstos para as celebrações, as portas de entrada da igreja, claramente sinalizadas, estejam abertas para evitar que qualquer fiel tenha de tocar em puxadores ou maçanetas.

k) Definir, para cada comunidade, pessoas responsáveis pelos cuidados de proteção: abrir as portas da igreja, orientar as saídas e entradas dos fiéis, disponibilizar álcool em gel 70%, garantir que todos desinfetem as mãos, façam uso de máscaras e ocupem os lugares estabelecidos.

l) Providenciar que as pias de água benta estejam vazias ou, se possível, sejam retiradas.

m) Orientar que após cada celebração e antes da próxima, as pessoas para isso preparadas, realizem a higienização dos bancos, genuflexórios, microfones e todo o restante que tenha sido tocado pelos fiéis. Os que realizam a higienização devem obrigatoriamente usar máscaras e luvas.

n) Providenciar equipamentos de proteção para as pessoas responsáveis em higienizar a igreja: luvas, desinfetantes adequados para pisos, bancos, microfones, interruptores, corrimões, maçanetas, banheiros etc...

 

2. Preparação do Altar e cuidado com os objetos usados na missa

a) O acesso à sacristia deve ser limitado ao padre, diácono permanente e ministros auxiliares;

b) O próprio padre, com total cuidado de higiene (uso de álcool em gel e máscara) prepare os vasos sagrados, alfaias, partículas e vinho. Se desejar, poderá delegar o serviço a um diácono ou ministro auxiliar, sob os mesmos cuidados.

c) Dispense-se o serviço de coroinhas e acólitos. Antes da santa Missa, o corporal já esteja estendido sobre o altar, com o cálice, patena e partícula, âmbula e sanguíneo. Ao lado, na própria mesa do altar, as galhetas com vinho e água.

d) Após preparar as partículas na âmbula, esta deve ser conservada fechada com sua respectiva tampa ou por uma pala. Ela será aberta ou descoberta apenas na hora da distribuição da Comunhão aos fiéis. 

e) Para consagrar nas âmbulas, coloque-se apenas a quantidade necessária para a Comunhão dos fiéis presentes, evitando grandes quantidades de reserva eucarística.

f) O lavabo seja preparado e deixado na credência ou em uma pequena mesa próxima do altar para ser manuseado pelo próprio padre.

g) Para cada santa Missa: a) usar um novo conjunto de alfaias; b) higienizar o cálice, a âmbula e a patena.

h) O missal deve ser higienizado e conservado em local que somente o padre manuseie, evitando que outras pessoas o peguem.

i) O lecionário seja manuseado apenas pelo leitor, e higienizado antes e após a santa Missa;

j) A higienização de microfones deve ser realizada antes e ao término da santa Missa, ou sempre que houver compartilhamento. Um lenço descartável umedecido em álcool isopropílico seja friccionado sobre toda a superfície do microfone por várias vezes durante 30 segundos.

k) Não fazer distribuição de livros de canto, folhetos e materiais gráficos

 

3. Participação na Missa

Presidente

a) Estará sozinho no presbitério. Por isso, fica suspenso o trabalho dos coroinhas, acólitos e cerimoniários.

b) Não haverá concelebrações. Padres que não presidem e diáconos ocupem espaços fora do presbitério ou junto com os fiéis.

c) Higienize as mãos com álcool em gel ao iniciar a celebração.

d) Coloque sua máscara para a distribuição da comunhão. Depois, acomode a máscara em embalagem adequada.

e) No caso de o presidente da celebração ser mais idoso ou pertencer a algum grupo de risco, deve deixar a distribuição da Comunhão a algum diácono ou ministro extraordinário, anteriormente designado.

Auxiliares

a) Os leitores e cantores respeitarão o distanciamento dos demais fiéis e entre si.

b) Desinfetarão as mãos antes e depois de tocarem no ambão ou nos livros.

c) Uma vez que a veste litúrgica não será disponibilizada procurem apresentar-se para a função com suas roupas adequadas.

d) Diáconos e ministros da comunhão, na eventual necessidade de ajudar na distribuição da comunhão, passem álcool em gel nas mãos e façam uso de máscara.

Povo

a) Os fiéis devem higienizar as mãos à entrada da igreja com álcool em gel 70%. 

b) Deve haver pessoas encarregadas de pôr à disposição dos fiéis frascos dispensadores com uma quantidade suficiente de produto desinfetante. Estes mesmos encarregados cuidarão que todos, sem exceção, desinfetem as mãos.

c) É obrigatório o uso de máscara, a qual só deverá ser retirada no momento da Comunhão eucarística.

d) Os fiéis devem ocupar os lugares previstos, mantendo as distâncias estabelecidas, sob a supervisão das pessoas a quem a comunidade cristã confiar esta tarefa. Não se separam as famílias ou os que vivem na mesma casa.

e) Os fiéis que sentirem algum mal-estar durante uma celebração devem sair imediatamente, acompanhadas pelas pessoas que a comunidade cristã tiver designado.

f) Não haverá recolhimento das ofertas ou do dízimo durante a celebração e sim na saída da igreja, junto à equipe responsável, seguindo indispensáveis critérios de segurança.

g) Para a Comunhão, os fiéis devem respeitar o distanciamento aconselhado e retirar a máscara de modo correto para comungar.
- Onde for possível, os ministros levem a Comunhão para as pessoas em seus bancos, para evitar a formação de filas.

h) O diálogo individual da Comunhão («Corpo de Cristo». – «Amém.») será realizado uma única vez por quem preside, e de forma coletiva depois da resposta «Senhor, eu não sou digno…», distribuindo-se, portanto, a Eucaristia em silêncio.

i) A Comunhão será distribuída exclusivamente na mão, apresentada ao ministro em forma de concha, devendo todos comungar na frente dos ministros.

 

4. Depois da Missa

a) Os fiéis devem ser orientados a deixar a igreja, segundo uma ordem fixada em cada comunidade cristã, no respeito pelas regras de distanciamento, e a não se aglomerarem diante da igreja. As primeiras pessoas a saírem, devem ser as que estão mais próximas da porta de saída, evitando, desta forma, que se cruzem.

b) Após a Missa, proceda-se ao arejamento da igreja durante pelo menos 30 minutos, e os pontos de contato (vasos sagrados, livros litúrgicos, objetos, bancos, puxadores e maçanetas das portas, instalações sanitárias) devem ser cuidadosamente desinfetados.

Nota: O presente protocolo diz respeito à celebração de Missas neste tempo de pandemia. Quando a Diocese julgar oportuno, deliberará também sobre a Celebração Dominical da Palavra com a presidência de Ministros Leigos e Leigas, e sobre a Oração em Grupos na igreja.

 

Tubarão, 30 de maio de 2020
Dom João Francisco Salm
Bispo de Tubarão - SC

 

Link para DOWNLOAD do documento oficial da Diocese de Tubarão

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